FESTIVAL NOVA LUZ DA ÍNDIA

Uma viagem á Índia através da dança, música, filmes, palestras, oficínas e gastronomia

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TARIKAVALLI sobre a "NOVA LUZ DA ÍNDIA":

Em 2014 lancei-me numa grande aventura com a minha amiga Elisabeth Nunes; dar à luz a 1ª Edição do Festival da Índia – Goa, no Auditório Orlando Ribeiro.

Quando me lancei, não medi nem o meu medo, nem o trabalho real que a organização de um tal festival iria representar... mas também não previ as repercussões que o festival iria produzir e tão rapidamente. Foi um encontro único e inesquecível, que por sua vez deu lugar a diferentes encontros e ao desenvolvimento de vários projetos em redor do tema da Índia e da sua rica cultura.

Foi com imenso prazer que fui convidada a dar continuação ao festival com a sua 2ª Edição, no âmbito da Celebração dos 750 anos de História do Lumiar. Para festejar a Diversidade da melhor forma, integrei na equipa mais intervenientes e artistas, contando agora, igualmente, com o apoio da produção da VIPULAMATI Associação e com apoio de várias outras entidades, para termos a possibilidade tanto de abranger artistas residentes em Portugal, como de convidar artistas do estrangeiro e tentar mostrar a Índia com um novo e fresco olhar.

O Festival NOVA LUZ DA ÍNDIA, título desta segunda edição, tentará sempre favorecer um encontro frutífero entre o Oriente e o Ocidente, assim como a promoção de um real e mais profundo conhecimento daquilo que é o subcontinente indiano, que se ultrapassa a si próprio e se expande pelo mundo.

A organização de um festival é, sem dúvida, um desafio de grande peso, mas também é certo que a descoberta e o aprofundamento da cultura indiana no contexto luso vale qualquer esforço, e constituirão uma plataforma de diálogo preciosa. E os seus resultados refletirão o esforço reunido de todos, porque projetos ambiciosos como este e que envolvem uma tão grande paixão apenas têm sentido se forem partilhados.

Porque as relações entre Portugal e a Índia já ultrapassaram os 500 anos, temos de valorizar não só a Rota da Seda e das Especiarias, mas acima de tudo, nos dias de hoje, aquilo que me parece o elemento mais importante: suster e manter ativos os intercâmbios culturais.

A entrada no festival durante os três dias será inteiramente GRATUITA. 

ALL ARE WELCOME!

Confesso que adoro estas três palavras! Representam, de certa forma, uma mistura entre a nossa acolhedora cultura portuguesa, com o nosso bem-vindos, e a calorosa cultura indiana, como o seu namaskar.

Tarikavalli, 8 de Março, Dia da Mulher 2017

 
     
 

RAJELE JAIN sobre a “NOVA LUZ DA ÍNDIA”:

Se alguém declara que algo é “novo”, faz sentido apenas se alguém também diz, em relação a que...

Da mesma forma, para reconhecer algo novo como tal, é preciso estar familiarizado com a tradição.

A Índia e as suas as ideias foram, durante séculos, “novas” para o Ocidente, enquanto provavelmente foram um “conhecimento milenar” para a Índia.

Quando não apenas Indólogos e filósofos se preocupavam com o conhecimento indiano - como no tempo do “movimento hippie” dos anos 60 -, os investigadores, os jovens, os artistas experimentais e os aventureiros itinerantes procuravam e viviam o encontro direto e humano com os indianos. Eles descobriram inúmeros tesouros, criaram fusões com suas próprias ideias e desenvolveram teorias de e sobre a Índia que, por muito tempo, se mantiveram no pensamento ocidental. Estes incluem certamente os ensinamentos de várias pessoas “sábias” (“gurus”), os escritos de Gandhi, as teorias do yoga, a música e as dança indianas “clássicas” e, desde algumas décadas, também práticas do Ayurveda. Havia, é claro, uma certa diluição a acontecer, como as ideias “esotéricas”, as práticas desportivas e ambiciosas de ioga ou as dietas dogmáticas parciais e não inteiramente inofensivas, para não falar também da exploração financeira de certas seitas, ou dos pouco estabelecidos conselheiros de vida.

Assim, as influências ocidentais deram aos pensadores indianos, artistas e ativistas os seus temas, tais como temas emancipatórios, sócio-políticos, políticos ou teoria da arte. Isso conduz, hoje, ao facto de que os indianos das gerações mais jovens considerem frequentemente as formas tradicionais de dança ou música, o design tradicional do vestuário ou a relação entre professores e alunos, que claramente diferem das formas ocidentais, como “conservadoras” – no sentido de “velho” e “desatualizado”. Além disso, compreensivelmente, a apropriação “diluída” do conhecimento indiano no Ocidente não é levado a sério e, portanto, não há fundamento para um diálogo real entre os diferentes lados.

Onde há uma chance de encontrar a “Nova Luz da Índia” sem expandir teorias desfocadas? Sem espalhar uma imagem da Índia de esplendor étnico e ininteligível mas de interpretações deslumbrantes? Sem ensinamentos de uma busca sem esforço, mas financeiramente cara para o seu próprio eu? E onde podem os indianos “com alta tecnologia” de Bangalore, os ativistas políticos, os médicos ou o assistente social indiano encontrar luz na sua própria herança cultural sem seguir slogans nacionalistas ou ser suspeitos de o fazer?

A “Nova Luz da Índia” propõe, por um lado, uma aproximação renovada, a partir do Ocidente, sobre o conhecimento que os Indólogos, filósofos e hippies já tentaram explorar e tentaram tornar significativo para si próprios. Um novo vento usando conhecimentos e problemas contemporâneos.

Por outro lado, significa pedir ao zelador e aos especialistas das tradições na Índia para questionar a relação entre o conhecimento antigo e as questões de hoje. Isso deve ser feito de forma tão completa, até que suas respostas se tornem interessantes para os indianos mais “modernos” porque se tornam relevantes para eles: como uma nova luz.

O Festival “Nova Luz da Índia” oferece a oportunidade de conversar com artistas, músicos e investigadores que se dedicaram a essas tarefas. Assim, talvez um ou outro contexto ficarão iluminados.

 
Curadoria: TARIKAVALLI e RAJELE JAIN

Produção: VIPULAMATI:AMPLE INTELLIGENCE Associação

Co-Produção: AUDITÓRIO MUNICIPAL ORLANDO RIBEIRO

Contacto: Tarikavalli, tel.: +936542805, tarikavalli(at)gmail.com

Produção:

Junta de Freguesia Lumiar

Vipulamati:Ample Intelligence Associação

Financiamento:

Junta de Freguesia Lumiar

Patrocinador:

Embaixada da Índia Lisboa

Apoio:

Incredible India

Tarikavalli

Vipulamati:Ample Intelligence Associação

Communidade Hindu Portugal

Casa De Goa

Centro Dançå Oeiras

Agradecimentos especiais
Namalimba Coelho, Maria de Fátima David, Miriam Star-Flower, Mónica Roncon, Teresa Prata, Kazike